terça-feira, 21 de setembro de 2010

Saiba maais

Caatinga (mata)

Do tupi caá(mata) e tininga(branca)=mata branca
No idioma tupi: caatinga quer dizer mata branca, pois esta se referindo a vegetação sem folhas que predomina durante a época seca

Substantivo feminino
Mata cerrada de árvores pequenas e de folhas frágeis e tortuosas; caatinga.
Zona em que a vegetação é formada pelo tipo de mata com o mesmo nome.
Arbusto da família das leguminosas.

Caatingas (região geográfica do Brasil)

Superfície: 700.000 km2
Região geográfica do Brasil (700.000 km2) situada em plena faixa subequatorial, no NE brasileiro. Paisagem de extensas planícies interplanálticas, que envolvem e penetram os maciços residuais mais elevados.
A vegetação na região de Caatingas é xerófila, caducifólia e aberta, bem adaptada para suportar a falta de água, de clima semi-árido, com temperatura média anual entre 27 e 29 ºC e com média pluviométrica inferior a 800 mm. A rigidez climática é conferida, principalmente, pela irregularidade da estação das chuvas. Associado a este fenômeno, o escoamento superficial é intenso, porque os solos são rasos e situados acima de lajeados cristalinos; os rios, portanto, têm um regime torrencial.


A caatinga ocupa cerca de 7 % do território brasileiro. Com uma área total de aproximadamente 1.100.000 km2, estende-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais. As caatingas se fazem presentes em trechos semi-áridos em que os ventos locais são escassos e não há água no solo nem no ar. Essa formação vegetal abrange desde a mata decídua (caatinga alta) até a estepe de arbustos com espinhos. Suas árvores e arbustos geralmente são dotados de espinhos e de folhas miúdas que caem na estiagem. Espécies típicas dessa paisagem incluem a jurema (Mimosa sp.), a faveleira (Jatropha phyllancantha), o pereiro (Aspidosperma pirifolium), a catingueira (Caesalpina sp.) e o marmeleiro (Combretum sp.). Há também várias cactáceas comuns na caatinga que retêm água para o gado e o homem como o xique-xique (Pilocereus gounellei), o mandacaru (Cereus jamacaru), a palmatória-de-espinhos (Opuntia monacantha) e a coroa-de-frade (Melocactus bahiensis). Nos vales planos há grande número de carnaubais (Copernica cerrifera).
A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 m), arbustivo (2 a 5 m) e o herbáceo (abaixo de 2 m). Embora a flora dos sertões seja constituída de espécies com longa história de adaptação ao calor e à seca, ela não consegue se recompor naturalmente se o solo for alterado por meio de máquinas, o que torna a degradação irreversível.
Amimais e plantas
Estudos recentemente mostram que cerca de 327especie de animais são endêmicas (exclusivas)da caatinga. São típicos da área 13 tipos de mamíferos, 23 de lagartos, 20 de peixe e 15 de aves. Entre plantas que há cerca de 320 espécies endêmicas
Vive na caatinga ave de maior risco da extinção no Brasil a arainha-azul da qual só encontrou um único macho na natureza. Também vive ali a segunda espécie mais ameaçada do Brasil e arara-azul-de-lear habitam aos arredores da Bahia canudos, e há menos de 25 exemplares, um décimo da população ideal no caso de aves ,que demoram para se reproduzir .também temos alguns tipos de animais e planta que vamos tratar agora:
fogo - apagou Substantivo feminino
ORNITOLOGIA Ave columbiforme da família dos columbídecos comum no Brasil, em regiões de cerrados e caatingas.


osquinha Substantivo feminino
HERPETOLOGIA Pequeno lagarto da família dos geconídeos, endêmico da caatinga nordestina.



palmeira

Substantivo feminino
Espécime das palmeiras.
BOTÂNICA Designação comum das plantas da família das palmáceas.
Designação de uma casta de couve com um caule muito alto que termina em um ramo com aspecto de árvore da família das palmáceas.
BOTÂNICA A maior parte das palmeiras é nativa de regiões tropicais, mas algumas espécies ocorrem em regiões subtropicais ou mesmo temperadas quentes, como o palmito (Chamaerops humilis), existentes nas margens do mar Mediterrâneo; a palmeira-de-mel (Jubaea spectabilis), nativa do Chile; e o "palmeto" (Sabal palmetto), da costa do E dos EUA. No continente americano as palmeiras são encontradas desde o litoral até os Andes colombianos, onde se acham as poucas comuns palmeiras-de-cera (Ceroxylon andicola). Algumas espécies crescem em areais, outras em pântanos, ou então caracterizam o cerrado, como na Venezuela e Colômbia, e a caatinga, no Brasil. Há espécies que vivem em densas selvas tropicais, tanto em planícies quanto em montanhas. Em algumas áreas formam bosques, como fazem nas Antilhas a palmeira-real (Roystonea regia), ou às espécies características dos cocais, do centro-norte do Brasil.


Nossas reservas

Serra da Capivara, parque nacional da (área natural protegida do Brasil)

Superfície: 92.228 ha
Área natural protegida do Brasil (92.228 ha) ao S do est. do Piauí. Declarado parque nacional em 1979, é Patrimônio da Humanidade desde 1991. O bosque, uma das amostras mais representativas da caatinga, é dominado por três árvores: catingueira, jurema e juazeiro. Outros animais característicos são várias espécies de gato-do-mato, do gênero Felis, o mocó e diversas espécies de serpentes venenosas. A serra deve o nome à abundância de capivaras que nela vivem. Muitas das grutas que existem no parque têm pinturas rupestres de 25.000 anos a.C.
Pertence aos municípios de São Raimundo Nonato, Brejo do Piauí, Coronel José Dias e João Costa. O clima da região é tropical de zona equatorial, com temperatura média anual de 25 °C. O período seco vai de junho a dezembro, apresentando boas condições de trilhas e de observação da fauna local. Entre os meses de dezembro e maio chove pouco, facilitando a observação da fauna. A paisagem é marcada pela diversidade de relevo. Na planície, surgem enormes costas abruptas e formações rochosas típicas, como a Pedra Furada e o Arco do Triunfo. Nos tons monocromáticos da vegetação rasteira da região, surgem trechos de mata exuberante, que lembram a época em que era coberto por floresta tropical, há milhões de anos. Ainda se pode encontrar uma chapada, na serra da Gurguéia, e os peculiares caldeirões, depósitos naturais de água das chuvas, escavados nas rochas. O ecossistema predominante é a caatinga. Nela, as plantas perdem as folhas durante o período de seca. Nas áreas mais altas, predominam os angicos. Nas baixas, o umbuzeiro e o juazeiro, que não perde as folhas, além dos cactos. Entre os mamíferos, estão o tatu, a cutia, o mocó e o preá. Já foram observados alguns felinos nas matas úmidas. Muitos lagartos, iguanas e ofídios espalham-se pelo parque. Quanto às aves, surgem periquitos, papagaios, araras-vermelhas e a águia-chilena.
Como maiores atrações do parque encontram-se os 260 sítios arqueológicos, com 30 mil pinturas rupestres. Compostas por figuras humanas, animais, plantas, objetos e signos representados em diversos temas, o sexual é um dos mais freqüentes. Mais de 30 sítios podem ser visitados, como as grutas do Salitre, do Boqueirão da Pedra Furada, do Caldeirão do Rodrigues e do Baixão das Mulheres. No caminho para São Raimundo Nonato, encontramos o Baixão (desfiladeiro das Andorinhas). Também encontra-se o Museu do Homem Americano, que mostra a evolução do homem, do clima e do relevo na América, além de conter ferramentas, cerâmicas e vestígios arqueológicos.

Sete Cidades, parque nacional das (parque nacional do Brasil)

Superfície: 6.331 ha
Parque nacional do Brasil (6.331 ha) localizado no NE do Piauí, abrange os municípios de Piracuruca e Piripiri. Relevo de bacias sedimentares, cuja alt. varia entre 100 e 300 m, com escarpas abruptas e chapadas planas. Clima tropical de zona equatorial, quente e semi-árido. Foi criado em 1961, para proteger os aspectos geológicos e geomorfológicos da região.
A área reflete um fenômeno geológico com 190 milhões de anos; abrange as pedras de areias quartzíticas conhecidas como: Elefante, Tartaruga, Camelo, Soldado Romano, Polegar de Deus. Estas pedras formam o conjunto de sete cidades, que deu origem ao nome do local. Em algumas delas, encontram-se inscrições rupestres (Pedra da Ponte). Estas características geológicas dão origem à formação de olhos de água, que alimentam alguns rios da região.
Vegetação de transição entre o cerrado e a caatinga (lixeira, bacuri, murici, pau-terra, carnaúba, tucum e macambira). Nos campos alagados, encontram-se espécies de insetos e gramíneas. Entre os animais típicos da caatinga, destacam-se o veado-mateiro, roedor mocó, suçuarana, cachorro-do-mato, raposa, paca e gato-do-mato. Das aves salientam-se o corrupião, xexéu, falcão tropical, papagaio-verdadeiro, inhambu-chitã, jacu e tucano.




Nascentes do Rio Parnaiba, parque nacional das (parque nacional do Brasil)

Parque nacional do Brasil (733.162 ha) situado nos est. de Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí. Criado em 2002. Clima tropical semi-úmido com uma temperatura média de 23 ºC. O parque reúne uma das maiores extensões de cerrado, com influências da caatinga. Destacam-se o pequi, o jacarandá-do-mato e o pau-santo. Abunda a fauna silvestre, com mais de 60 espécies de mamíferos e umas 211 de aves, entre elas destacam-se o veado-campeiro e o tatu-bola.

Raso da Catarina, reserva ecológica nacional (reserva ecológica do Brasil)

Superfície: 99.772 ha
Reserva ecológica do Brasil (99.772 ha) que abrange os municípios de Canudos, Glória, Macururé, Jeremoabo e Paulo Afonso. É uma das regiões mais secas da Bahia, permanecendo ainda em estágio primitivo, devido principalmente à inexistência de cursos de água perenes. Possui uma vegetação típica de caatinga arbustiva, com abundância de xiquexiques, bromélias terrestres e cactáceas (principalmente mandacaru). O objetivo principal desta unidade de conservação é a preservação da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari). Este psitacídeo está ameaçado de extinção.


Cidades
Sabemos que a caatinga se localiza em todo território nordestino sendo o único bioma exclusivamente brasileiro, grande parte de seu patrimônio não pode ser encontrado em nem um lugar do mundo
Então iremos conhecer algumas cidades que possuem a caatinga, sendo que fazemos parte desse bioma, pois Itabaiana possui a caatinga
Itabaiana (município do Brasil)

Superfície: 337 km2
População: 85.664 habitantes
Estado: Sergipe
Município do Brasil (337 km2; 85.664 habitantes) no estado de Sergipe. Temperatura média anual de 24,7°C. Vegetação com capoeiras e caatinga. Agricultura (mandioca, milho, banana, manga, melancia e feijão). Avicultura. Comércio.
Nova Russas (município do Brasil)

Superfície: 743 km2
População: 29.964 habitantes
Estado: Ceará
Município do Brasil (743 km2; 29.964 habitantes) no estado do Ceará. Localidades importantes: Crateús, Nova Betânia, Espacinha, Canindezinho, Santo Antônio, São Pedro e Major Simplício. Localiza-se no centro do est., no extremo NO da mesorregião, microrregião Sertão de Crateús. Principais rios: Acaraú, Diamante, Coronel Feitosa e Poti. Vegetação predominante de caatinga e flora das várzeas, dominadas pela carnaubeira. Suas principais atividades econômicas são a agricultura (feijão, milho e algodão), a pecuária (criação de bovinos e suínos) e comércio.
Teve origem no município de Ipueiras. Foi elevado à vila em 1922 e a município em 1938.


Ibimirim (município do Brasil)

Superfície: 2.034 km2
População: 21.560 habitantes
Estado: Pernambuco
Município do Brasil (2.034 km2; 21.560 habitantes) no estado de Pernambuco. Localizado a 339 km de Recife, cap. do est. Vegetação de caatinga hiperxerófila. Agricultura (feijão, algodão). Pecuária. Indústria alimentícia. Comércio e serviços. Centros sociais. O município foi criado em 1963.

Ipirá (município do Brasil)

Superfície: 3.024 km2
População: 61.064 habitantes
Estado: Bahia
Município do Brasil (3.024 km2; 61.064 habitantes) no estado da Bahia. Território acidentado pelas serras das Vacas, da Caboronga e Monte Alto, com pequenas planícies, inserido no polígono das secas (sujeito a longos períodos de estiagens, embora a média anual de precipitação seja de 750 mm). Pertence à bacia hidrográfica do Paraguaçu. Localiza-se a 202 km da cap. do est. Vegetação de caatinga. Agricultura (mandioca, milho e feijão). Pecuária suína, bovina e ovina. Indústria alimentícia e de curtume. Comércio e serviços.



Bayeux (município do Brasil)

Superfície: 32 km2
População: 95.004 habitantes
Estado: Paraíba
Município do Brasil (32 km2; 95.004 habitantes) no estado da Paraíba. Localidades importantes: Bayeux e Paraíba. Microrregião João Pessoa. Clima quente e úmido. Vegetação predominante: caatinga. Suas principais atividades econômicas são o cultivo de mandioca, milho e feijão; Comércio e serviços.
O espaço urbano de Bayeux, na segunda metade do séc. XX, cresceu desordenadamente, provocando profundas alterações no uso do solo. O fenômeno da urbanização deu-se, deste modo, em função da (des)construção da natureza e da atividade agrícola. Contudo, este crescimento urbano faz de Bayeux uma das principais e mais populosas cidades do estado.

Feira de Santana (município do Brasil)

Superfície: 1.363 km2
População: 535.820 habitantes
Estado: Bahia
Município do Brasil (1.363 km2; 535.820 habitantes) no estado da Bahia. Situado na zona de planície entre o Recôncavo e os tabuleiros semi-áridos do Nordeste baiano. Faz divisa com os municípios de Santa Bárbara e Santanópolis ao N, Antônio Cardoso e São Gonçalo dos Campos ao S, Coração de Maria ao E e com Anguera e Serra Preta ao O. Dista 108 km da capital do estado. Clima subtropical úmido, com temperatura média anual de 24 ºC e precipitação anual superior a 1.200 mm. A vegetação predominante é a caatinga. Suas principais atividades econômicas são a agricultura (mandioca), a pecuária suína, ovina e eqüina, a mineração (manganês, areia, argila, granito), indústrias química, alimentícia, de transformação de minerais não metálicos, metalúrgica, madeireira, do mobiliário e da construção, além do comércio e do turismo. No seu patrimônio, destacam-se a Catedral de Santa Ana (1732), a Igreja de São José (séc. XVIII) e o Museu Regional de Arte.
Nos finais do séc. XVIII, este território, pela sua localização privilegiada, passou a ser ponto de referência no comércio regional, em particular de gado, originando uma feira, que acabou por se transformar num centro de negócios. Com o grande número de feirantes, o povoado foi forçado a progredir. Em 1833, foi criado o município com território desmembrado de Cachoeira; a vila foi elevada a cidade em 1873, com o nome de Cidade Comercial de Feira de Santana. Em 1938, esta denominação foi simplificada para Feira de Santana. Atualmente, é a segunda maior cidade estadual.

Gostaríamos de apresentar todas as cidades, mas qualquer busca que precisarem temos o nosso blog:sos.caatinga@blog.com



Curiosidades
• Você sabia que a caatinga mais conservada ela pode abriga cerca de 200 espécies de formiga enquanto as mais degradadas há de 30 a 40
• Você sabia que cerca da metade da paisagem de caatinga foi deteriorada pela ação do homem. De 15% a 20% do bioma estão em alto grau de degradação (com risco de desertificação).
• Você sabia que na estação seca na caatinga a temperatura do solo pode chegar a 60 °C.
• Você sabia que a perda das folhas da vegetação caatinga é estratégica. Sem folhas, as plantas reduzem a superfície da

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

estudo da representatividade ecologica do bioma caatinga

Este projeto abrange toda a área nuclear do bioma Caatinga. Por meio de estudos científicos, o projeto objetiva delimitar as ecorregiões da Caatinga e analisar a representatividade da vegetação e áreas protegidas do bioma, identificando-se as lacunas.

Os temas básicos abordados são: geomorfologia, geologia, solos, clima, vegetação e sistemática botânica, fauna (insetos, peixes, répteis, aves e mamíferos), e biogeografia. Estão sendo realizados estudos de compilação e trabalhos de campo para cobrir todas as possíveis lacunas de conhecimento dos temas que compõem o estudo. Todas as informações são referenciadas geograficamente e estocadas em banco de dados específico.

Localização


A caatinga ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.
Localização


A caatinga ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.
Geologia, Relevo e Solos


Geologicamente, a região é composta de vários tipos diferentes de rochas. Nas áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador; tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a oeste, sendo habitados por algumas espécies endêmicas e raras, como o Melocactus azureus.
Geologia, Relevo e Solos


Geologicamente, a região é composta de vários tipos diferentes de rochas. Nas áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador; tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a oeste, sendo habitados por algumas espécies endêmicas e raras, como o Melocactus azureus.
Vegetação


A vegetação do bioma é extremamente diversificada, incluindo, além das caatingas, vários outros ambiente associados. São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma. Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas.
A caatinga é um tipo de formação vegetal com características bem definidas: árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), além de muitas cactáceas.




A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). Contraditoriamente, a flora dos sertões é constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à seca, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na caatinga.

O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste. Algumas poucas espécies da caatinga não perdem as folhas na época da seca. Entre essas destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse ecossistema.

Ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana, etc.).

Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro.

No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.

As espécies vegetais que habitam esta área são em geral dotadas de folhas pequenas, uma adaptação para reduzir a transpiração. Gêneros de plantas da família das leguminosas, como Acacia e Mimosa, são bastante comuns. A presença de cactáceas, notavelmente o cacto mandacaru (Cereus jamacaru), caracterizam a vegetação de caatinga; especificamente na caatinga da região de Morro do Chapéu, é característica a palmeira licuri (Syagrus coronata).


Fauna

Quando chove na caatinga, no início do ano, a paisagem e seus habitantes se modificam. Lá vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-cururu, a asa-branca, a cotia, a gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.


A situação de conservação dos peixes da Caatinga ainda é precariamente conhecida. Apenas quatros espécies que ocorrem no bioma foram listadas preliminarmente como ameaçadas de extinção, porém se deve ponderar que grande parte da ictiofauna não foi ainda avaliada.


São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios - dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico. São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).

Levantamentos de fauna na Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, 7 espécies de anfibenídeos (lagartos sem patas), 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios, 1 de crocodiliano, 44 anfíbios.




Também constituída por diversos tipos de aves, algumas endêmicas do Nordeste, como o patinho, chupa-dente, o fígado, além de outras espécies de animais, como o tatu-peba, o gato-do-mato, o macaco prego e o bicho preguiça.

Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.


A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em rsico de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grande prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.


A Caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.

meu,seu,nossa caatinga

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona